Mote sobre o tempo
Pode o tempo até deixar lembrança
Ou pintar um retrato de quimera
Mas é rio que forma uma cratera
E devora a tudo sem lambança
Para ele nem mesmo a esperança
Nem o novo, o feio, ou a beldade
Nem a dor a doença ou a saudade
Tudo finda se a sentença chegou
A sequência do tempo carregou
A beleza da minha mocidade