MADRUGADA ETERNA

Eu quero viver para sempre

Para sempre à madrugada

Entre o poste de luz e a alvorada

Na penumbra que há entre

A madrugada e a melancolia

Que transborda em alegria

Que me enche desde o ventre

Eu quero existir para sempre na madrugada

Entre o vazio da rua sombria

Entre faíscas de luz do amanhecer do dia

Comigo assistindo na calada

O sol timidamente esquentar

O gélido ar da noite a se clarear

E da minha dor, não restar mais nada

Não quero que pare, não quero que se vá

Quero viver na alvorada em ciclo eterno

Primavera, verão, outono e inverno

Em qualquer momento o sol por completo sairá

Esbravejarei ao invés de ficar contente

Mandarei-o novamente para o Oriente

E assim madrugada é e sempre será

No doce vento que se faz mais inquieto

O barulho das árvores sendo invadidas

Pelo vento e tímidos pedestres às escondidas

Torcem para serem deixados quietos

Poucas casam estão acesas e os carros parecem fazer menos barulho

Nada mais, apenas os som dos seus passos nos pedregulhos

Deixando um ensurdecedor silêncio frio e discreto

Natalia L A
Enviado por Natalia L A em 24/02/2021
Reeditado em 10/08/2022
Código do texto: T7191728
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