Vento, rosas, nuvens...

Soam notas roucas
do vento na fresta.
Prenúncio de chuva,
roseiras em festa.

Lagartas se enroscam
à folha perdida.
Improviso de asas
tão só prometidas.

As primeiras gotas
batem na janela.
Os pequenos prismas
a luz reverberam.

Um vento mais forte
censura a chuva.
Surge o arco-íris
onde havia nuvens.

As gotas escorrem,
as rosas vacilam,
a folha e as lagartas
não foram mais vistas...

A tarde chegou
trazendo outras cenas.
Vento, rosas, nuvens...
viraram poema.


 
Antonio R Filho
Enviado por Antonio R Filho em 07/02/2021
Reeditado em 07/02/2021
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