Caninos Alados

Na mata havia arbustos tão solitários quanto as estrelas. Minha alma se entregava ao adentrar as solitárias e belas paisagens. Nada rudimentar, mas que completava a minha alma.

E a em busca dos uivos distintos dos grandes e selvagens lobos das florestas. Eu era tão selvagem quanto qualquer um deles. Bem era o que ouvia dos meus instintos ao soar diretamente para minha alma alada.

“Amo-te como uma constelação em infinita expansão”. Era o que sentia a minha alma em sua selvagem busca por uma solitude mística. A natureza cantava para os meus ouvidos. Esses eram os sonhos de cada criatura em sua liberdade.

Se eu tivesse que morrer então aqui eu morreria em meio a liberdade selvagem de um canto místico. Não tarda agora a alma é livre e na liberdade ela vive. Minha alma se encontrava embriagada no mais puro dos êxtases.

E na natureza livres eram os uivos dos lobos e no silencio a alma o escutavam vindo das estranhas da natureza e era como... musica. Entre solitude e meditação o coração se encontrava cada vez mais livre. Quanta paz em teu silencio místico de antigas montanhas. Altos picos que tocava o azul do céu. Nos vales havia canções místicas em que a alma se preenchia e de amor suspirava entre lagos e lagoas.

Cachoeiras infinitas de uma beleza radiantemente cósmica. E a busca do homem persiste entre caminhos solitários. Que de sabedoria a alma é recompensada na busca pelo divino. E na busca por si mesmo o homem cresce em harmonia espiritual.

Para onde vai antigos guerreiros? Entre templos descansam seus corpos até a próxima alvorada. Então buscava por caninos misteriosos perdidos pelos vales. Seguirei os teus cantos ao uivarem. Seguirei a noite a lua e a sim os acharia a noite. Tão livres quanto a minha a alma nessa solidão distinta. Tão solitários quanto eu perdidamente encantado com toda aquela sinfonia mística vinda da natureza. Um êxtase inexplicável a preencher infinitamente a minha alma.

Estou aqui entre as plêiades de predas em um universo repleto de seres livres. Tão livres quanto as almas dos caninos perdidamente livres nesse lugar magico. A magia dos uivos ecoava novamente passando entre as montanhas. Até descerem infinitamente pelos vales. Nunca sentir tamanha liberdade, era então a alma livre como um grande e dourado falcão.

Não podia no fim dizer um “adeus” para aquele lugar místico. Como um adeus em um navio que parte de um porto seguro. Minha alma continuará nesse lugar. Dançará juntos aos nativos. Encontrará no alto da montanha a sua princesa perdida. Então jurarei a ela todo meu amor, pôs serás os teus olhos a fonte do meu amor.

Entre as águas encontrava-se os caninos alados, livres como a própria natureza os fez. Alegria tomava-me os olhos e as lagrimas os enchiam como a mare sobre a lua. Finalmente os vi sobre as águas puras e claras vinda da natureza. Caninos dourados sobre os raios do sol. E de pó a cinza voltava-se ao sol dourado e a sim a lua surgia na calada da noite escura.

Os vi livremente eu vi os caninos alados sobre os vales... Sobre o sol e a lua. Sobre as estrelas perdidas... Sobre as tempestades escuras durante as tardes frias. Durantes o pó de cristais das nevascas sobre o sol pela manha clara. Lembrarei eternamente dos caninos alados, dançando como constelações, perdidas em meio ao espaço. Minha alma estará para sempre nesse lugar... Em meio a eles.