A chuva, o sol e a semente
A chuva cai e refrigera o verão
Leva a poeira ressecada do inverno
Escorre sobre justa e ímpia mão
Depois vem o sol
Que seca água caída na estrada
E ilumina a todos como o grande farol
Então nasce a semente,
Trazida pelo pássaro,
Que estava dormente
E a água da chuva
E a luz do sol
E a semente do pássaro
Se tornam um
E eu e você que tudo isso vemos,
Nos esquecemos tão facilmente,
Em gritos vazios, nos perdemos
Nossas mãos secas, agora molhadas
Nossos olhos escuros, agora iluminados
Nossas bocas vazias, agora alimentadas
Por um milagre magistral
Que nos disseram ser banal