DUAS ALMAS
Sentia-se feia e desprezível
Pobre lagarta repulsiva
Sem saber que ali havia vida.
Rastejava no penumbre
Enquanto voavam os pássaros ao seu redor.
Quando então pela vida tomou gosto
Seu destino tinha escolhido
Novo rumo, novo mistério.
De lagarta tornou-se bela
Bela borboleta.
Com suas asas
Pode então conhecer a imensidão
Viajou pelo céu
Beijou flores
Encontrou amores
E descobriu-se livre.
Deixou suas marcas
E agradeceu a mãe natureza
Que de tão generosa
A fez ter duas almas!