DUAS ALMAS

Sentia-se feia e desprezível

Pobre lagarta repulsiva

Sem saber que ali havia vida.

Rastejava no penumbre

Enquanto voavam os pássaros ao seu redor.

Quando então pela vida tomou gosto

Seu destino tinha escolhido

Novo rumo, novo mistério.

De lagarta tornou-se bela

Bela borboleta.

Com suas asas

Pode então conhecer a imensidão

Viajou pelo céu

Beijou flores

Encontrou amores

E descobriu-se livre.

Deixou suas marcas

E agradeceu a mãe natureza

Que de tão generosa

A fez ter duas almas!

Sandra Laurita
Enviado por Sandra Laurita em 23/11/2020
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