POEMA  CALAMITOSO


Eis o local chamado: Cachoeira do Urubu
Só que, de cachoeira, não tem nada
Somente pedras secas e escuras
Em formatos rochosos e irregulares
Passarelas em estado ressequido
Ainda assim, pássaros e urubus
Sobrevoam a área desolada
E desolados ficamos, sem banho,
Sem água, que nos refresque, inteiros.
Pausados momentos fomos à busca
Encontramos o líquido precioso represado,
Os netos, o João, o Victor Hugo e o amigo Júnior
Mergulham seus corpos e suas almas
Na água cristalina encontrada
E permanecem assim, por bom tempo,
Até o nosso retorno à nossa casa.



 
Batalha - Piauí, 17 de dezembro de 2006.
Aniversário do neto João (14 anos)
 


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Francisca Miriam Aires Fernandes, em "Safra Poética", 1ª edição, CBJE, Rio de Janeiro, 2020 (Página 45).
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Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 23/11/2020
Reeditado em 23/11/2020
Código do texto: T7118320
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