VISÃO
Vejo um céu límpido, bem azulado.
O verde querendo ganhar a sublimidade.
Eu, que tanto sou o verde e o azul
Por me sentir gente e também anjo,
Tamanho privilégio recebido de Deus.
Vou subindo nos galhos das árvores
Pros céus à busca de alimento capaz
De que tanto carece a minh’alma
No ficar imune aos turbilhões sentidos
Aqui, embaixo, nesta terra, tão quente.
As folhas caem porque assim são
Seus estágios, cumpriram o ponto final.
Aves escuras voam harmoniosamente
E vão e voltam e não mais as vejo.
Quem sabe, entraram no Céu Infinito
Ganhando roupagens, por demais reluzentes
Das luzes celestiais, perenes e abençoadas.
Batalha - Piauí, 24 de outubro de 2006.
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Francisca Miriam Aires Fernandes, em "Safra Poética", 1ª edição, CBJE, Rio de Janeiro, 2020 (Página 41).
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