FÚRIA DOS MARES
Ventos sopram ondas vivas,
Ferozes são seus abraços,
Nas águas fonte da vida
Vive a morte com seus laços,
Marujos que pra lá foram
Alguns ficaram em seus braços.
Homens bravos, destemidos,
Desbravadores dos mares,
Às águas foram os seus corpos
E seus gritos foram aos ares,
Suas Almas ao céu subiram
Em oceanos seculares.
Lembranças ficaram em terra
De alguns que não retornaram
Pois, no afã de suas conquistas
Os seus navios afundaram
Na ira dos mares bravios,
Só por Deus, poucos voltaram.
Tempestades fulminantes
Às águas são acrescidas,
Tufões, vendavais uivantes,
Violência desmedida,
É a natureza em fúria
Onde alguns pagam com a vida.
Gigantescas "turbulências"
Sombrias, trazem terror,
Só o céu é testemunha
De ver nos mares tal horror,
Nadarem em ondas inconstantes,
Morte e vida, dor e pavor.
Fúria que é desespero
Aos viajantes navegantes,
Pescadores, marinheiros
E navegadores errantes,
Conquistadores e aventureiros,
À vida nadarem incessantes.
Ventos sopram ondas vivas,
Também terno são seus abraços,
Nas águas fonte da vida
Nasce a vida e nascem os laços
Do mar na vida do homem,
Em suas conquistas e em seus fracassos.