(anjos caídos)
CINZAS
CINZAS
Beleza, daqui se evadiu
Odor de flores, não tem mais
Águas, nem fazem mais rios
Tristezas e calafrios...
Tudo por aqui; jaz!
Voos, só de papéis e folhas secas
Ventos no rebento, á assoviar
Não têm pássaros, nem borboletas soltas
O asco, o nada, demarcado em cercas
A vida morrendo; começa parar!
A chuva ácida, finaliza raiz
Esquecidos, brotos e botões se curvam
Sucumbe de vez, o que já foi livre e feliz
Tudo está a um passo do presente, fim
Lágrimas, fuligens teimosas se turvam!
"Ganhei de Deus a poesia, gostei tanto que agora e por todos os meus dias farei de tudo para devolvoer à ELE, acrescentando meu quinhão"
Que bom que tudo não passou apenas de um sonho ruim, pois a POESIA nunca irá MORRER.
A minha, hei de não fazer sepultá-la na mesma cova comum, da ignorância humana!
A minha, hei de não fazer sepultá-la na mesma cova comum, da ignorância humana!