UM DIA QUALQUER

   O vento move-se para o leste...
   com uma lua pálida na manhã de romãs
   — e no aroma cítrico do solo agreste 
   pássaros silentes numa perceptível afã.

   Por todos os lados a sombra que se apaga
   com o caminhar do sol por entre o arvoredo
   —  não deixando lacuna amena que afaga
   num tanger de luzes solares e folguedo.

   Pelas estradas em que se perderam as flores
   da primavera que cantou por todo o azul
   a nova iluminada estação vinda em fulgores
   retirando folhas até chegar em terras do sul.

   O dia vai seguindo, pela tarde que desce
   pelo dourado extravagante dos girassóis
   pela eterna correnteza do rio que anoitece
   sob a irradiação diurna de todos os sóis.

Verdana Verdannis
Enviado por Verdana Verdannis em 12/10/2020
Reeditado em 30/04/2024
Código do texto: T7085326
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