Átimo recrudescente
O rio oferece ao sol poente
o colo complacente de amante,
numa explosão, de tons, exuberante,
que gruda, qual decalque, em minha mente.
O sol, despudorado, rubro e quente,
acende o mais insone sentimento,
e deita o seu rubor, por um momento,
nas nuvens de algodão do céu candente.
E o rio nina o sol até dormir,
e entrega-o, nos braços do porvir,
à noite, além do céu, além do mar...
E a noite, envaidecida, ostenta a lua,
até que venha o sol e a possua,
e docemente tome o seu lugar.
O rio oferece ao sol poente
o colo complacente de amante,
numa explosão, de tons, exuberante,
que gruda, qual decalque, em minha mente.
O sol, despudorado, rubro e quente,
acende o mais insone sentimento,
e deita o seu rubor, por um momento,
nas nuvens de algodão do céu candente.
E o rio nina o sol até dormir,
e entrega-o, nos braços do porvir,
à noite, além do céu, além do mar...
E a noite, envaidecida, ostenta a lua,
até que venha o sol e a possua,
e docemente tome o seu lugar.