Os Sapos
Na fazenda, de noitinha,
Não há lua gorda, nem meia.
Só um risquinho de lua,
É minguante, minh'alma anseia.
A noite é de piche...
Sem a lua pra brincar de luz e sombra
Só contentamento no brejo
Onde a saparia sabe fazer samba.
Os sapos coaxam gostoso!
Chamam a chuva bem-aventurada.
Sabem que o céu vai derreter...
Já setembrou, há de chover!
E meus ouvidos gostam de ouvir...
A cantoria mansa e boa.
Não sei se fazem samba ou bossa-nova.
Mas há canção lá na lagoa.