"O FUNERAL DA NATUREZA"

Passa diante de meus olhos

Quantas mortes sem castigos

Assassinos espalham terror impunemente

A luz do dia e nada é feito

O grande mentor, de tamanha crueldade

Sobras de vidas

Que viram cinzas e espalham pelo chão

Choram os olhos corta o coração

Diante de tanta maldade,

Comemora-se o funeral da natureza

Elimina-se a vida e toda sua beleza

O manto verde virando fumaça

Labaredas no santuário

Fogo ardente a céu aberto torrando o pantanal

Toda sua biodiversidade vidas perdidas

Perde-se a fauna e a flora causando tanto mal

Pantanal patrimônio da humanidade

Transformam-te em grande cova quanta insanidade

Dizima-se toda sua incalculável riqueza

Perde o mundo sua magnífica beleza

Árvores e animais mortos pelo chão

Nuvens de fumaça espalham-se por todas cidades

Assassinos despudorados desprovidos de amor

Espalham labaredas sem se importarem com a dor

Haverá castigo para tão cruel mutilação

Rico santuário natural em brasas vem ao chão

Impiedosa, criminosa destruição

Perde-se o pantanal por ganância e ambição

Poeta do Nordeste
Enviado por Poeta do Nordeste em 07/09/2020
Código do texto: T7057313
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