(R)EVOLUCIONA
A cigarra que canta e falece,
entristece no prenúncio pluvial.
O colibri suga o néctar.
Amar, sentindo as flores.
A crisálida embebida
em faces coloridas
- alegria do jardim.
Abelha rainha ou operária,
industriária,
cultivando o saboroso mel.
A formiga esperta se metia,
entre as flores, todo dia,
laborando com amor.
Sabiá: seresteiro do pomar.
Bem-te-vi: festivo e feliz.
E, ali, sapo ronca,
final de tarde,
a noite que alarde
está por vir.
É um encanto sem fim
e o rouxinol, enfim,
assiste ao por do sol.
Dedicada à princesa,
coroada com certeza
para governar este vergel.
17.11.1991
In: Ecos do Tempo, 2020.