Chuva de agosto
Chuva de agosto (José Carlos de Bom Sucesso – Academia Lavrense de Letras)
Chuva de agosto na terra,
Água caindo na serra.
Árvores secas
Balançadas até as folhetas.
O vento forte e frio
Lança névoa no rio.
Um pássaro pousa no galho
Querendo abreviar o atalho.
Quer uma nova semente,
Caída na terra por um instante.
O frio se espalha em toda parte,
Fazendo da natureza uma arte.
A nuvem negra
Transforma a paisagem da serra Negra.
O frio congelante e intenso
Faz das folhas um mar suspenso.
Não se vê o urubu voando,
Quanto mesmo o gavião plainando
Com os olhos da águia
Voando por sobre a praia.
O sol hoje não brilha,
Quer também descansar na trilha.
As águas caindo vagarosamente,
Flutuam por um instante.
Assim vai correndo o dia todo,
Para as delícias do Leopoldo,
Que corta a estrada da serra,
Para chegar à sua terra.