CÉU E VENTO

O céu, ao chorar solitário a mudança
Aparta de si suas milhões de aves;
Traz consigo carrasca substância
O vento, a bailar suas tantas fases.

E o tempo, que povoa a aventurança
Expeli os segundos sem que nada atrase
Flutuam, em verticais correntes e alcança
Velocidade que balbuciona, o quase.

O firmamento que ao decorrer nebuloso
Tatua no vento o seu aparente esboço
Envolta um carrossel de luz, bonança.

Vento, que outrora arteiro e nervoso
Dera o ultimato e contraposto
No céu, fez espirais de esperança.

- Francielly Fernandes
- 04/08/2020
Francielly Fernandes
Enviado por Francielly Fernandes em 04/08/2020
Reeditado em 04/08/2020
Código do texto: T7025721
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