Uma Árvore Inocente
O que fiz para tudo isso merecer?
Vi minha casa sendo invadida
Mas nunca pensava que pelas mãos do homem
Perderia a minha vida
Ao meu lado vi as minhas amigas
e meus amigos desesperados, pois até eles
corriam o riscos de vida sendo eliminados.
Como não tinham pra onde correr,
abri a minha garganta e não só gritei,
como também pedi.
-Sou a mais velha nesta vida e muito já desfrutei
como também acho que vivi.
Acolhi muitos andarilhos,
quando aqui não era ainda estrada
mas somente trilhos.
Era uma pequena passagem
por onde seguiam viagem junto com seus filhos.
A sombra que fazia ou a chuva que caia,
o cavaleiro ficava abrigado até ela ir embora.
Ele também seguia em frente
como fazia muita gente.
Portanto como muito já vivi
respeitem as mais novas.
Elas aprenderam a cuidar da natureza
com esperança, amor e riqueza.
Ouvi um barulho assustador.
Era algo estranho que me causava medo e temor.
Aos poucos fui sendo fatiada.
Quando dei por mim, já estava no chão
sem vida e despedaçada.
Mas o homem mal sabe que seu dia irá chegar.
Não sei quem vai julgar.
Poderá ser condenado ou perdoado.
Isso só o tempo é que poderá nos revelar.
Mas seja lá da maneira que for.
Só sei que as minhas partes decepadas e juntas
por essa longa estrada serão sua companhia.
Quem sabe tu venhas a lembrar deste triste e cinzento dia.