Meu Rei

luz que brilha reluzente

cintilantemente com verdor

em meus dias, tão presente,

inexorável o seu fulgor

avassala minh’alma, com teus raios dourados

desvirginando o dia, que está porvir

por mais que estranho seja, que pareça pecado

a natureza te dá este direito, de ir e vir

reluzindo sublimemente

despojando rara beleza

reinando sustentavelmente

ao desfraldar sutil singeleza

ah! meu rei, como tu és fausto, ditoso

sereno, desperta devaneios na imensidão

dá-nos a luz que ilumina o caminho mais sinuoso

faz brotar a vida, acalorando meu coração

às vezes, cândido como um menino

às vezes, impiedosamente austero

faces distintas do teu destino

que carregas com muito esmero

fita-me nos olhos, e me cegas

abarrota-me o ser de energia

faça-me de ti um servo

para que eu possa gozar momentos de alegria

tão generoso que tu és, tão cavalheiro

que de feição plácida, torna-se oculto

que por sua vez, a lua cor de prata entrega-se por inteiro

ao astro rei, que agradece o tributo

ah! meu rei, como tu és belo, faceiro

garrido, desfila em teu céu ilimitado

conduz contigo a pujança de um guerreiro

áureo personagem de um mundo encantado.

Sérgio Murilo
Enviado por Sérgio Murilo em 11/07/2020
Reeditado em 05/08/2020
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