NAQUELE CÉU ROSA
Naquele céu rosa de mistérios infinitos,
surgiu uma lua nova de brancura reluzente,
sobre o mar de verde em murmurar finito
resplandecendo a vaga quebrando irreverente.
Voejando bailam sem fadiga as gaivotas...
na musicalidade da chuva fina sobre o oceano;
- um vento súbito levanta-se em reviravolta -
arrastando as aves para um inexplorado plano.
As fitas de luz que no ar espalham-se cintilando,
- são reflexos da estrela longínqua e sozinha -
a bela natureza é fogo, água, é terra girando,
e flores cobrando cor, à primavera que se avizinha.
Nesse encantamento imaculado e sereno...
choveu um vítreo orvalho daquele céu profundo
- a noite vai findando com esplendor terreno -
na mágica corrente de vibração desse mundo.