Dama Gotejante

Surge fluente e galopante

Maturando as ideias

E a cada gota por instante

Na janela observa plateias.

De pronto molha o semblante

Alimentando o despertar

Engenhosa como viajante

Entra em cena num desaguar.

Nem sempre silenciosa

As vezes parece metralhar

Deixa a natureza viçosa

Águas se movem a escoar.

No inverno tem sua rotina

Bastante intensificada

Alguns saem de butina

E de capa estilizada.

Ela é um fenômeno comedido

Jamais ignora sua missão

Já o ser humano desmedido

Inunda por vaidade e compulsão.

Cadenciada e holística

Naturalmente translúcida

A chuva é uma dama pacífica

Que aos ouvidos ressoa música.

CarlaBezerra

Divina Flor
Enviado por Divina Flor em 15/06/2020
Reeditado em 15/06/2020
Código do texto: T6977730
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