Serrano
Da mata não fuja,
do ardil esforço,
cujo o Sol abrasa
Do suor de seus braços,
terra em pele que se funde,
do cheiro das ervas
não fuja
Deixa a brisa acariciar,
roçar nos dedos a borboleta,
ouça o farfalhar das folhas,
o cantar de ermas cigarras
Não tenha medo do chão que gera,
da água que modela, da luz que aquece,
Ar que revolve nuvens e enche pulmões
Assim conhecem os lavradores,
a mão que planta, a mão que colhe,
arteiros da terra, poetas antigos,
que ouvem das serras, do verde que o cerca
os segredos que mãe terra, guardara outrora