Serrano

Da mata não fuja,

do ardil esforço,

cujo o Sol abrasa

Do suor de seus braços,

terra em pele que se funde,

do cheiro das ervas

não fuja

Deixa a brisa acariciar,

roçar nos dedos a borboleta,

ouça o farfalhar das folhas,

o cantar de ermas cigarras

Não tenha medo do chão que gera,

da água que modela, da luz que aquece,

Ar que revolve nuvens e enche pulmões

Assim conhecem os lavradores,

a mão que planta, a mão que colhe,

arteiros da terra, poetas antigos,

que ouvem das serras, do verde que o cerca

os segredos que mãe terra, guardara outrora

Diego Maguelniski
Enviado por Diego Maguelniski em 09/06/2020
Código do texto: T6972363
Classificação de conteúdo: seguro