Clarão Matinal!
As vezes o sol vem.
Ele anuncia a claridade.
Ilumina o campo e a cidade.
Mas e sua vida?
Ele é capaz de iluminá-la?
Às vezes sim às vezes não.
Ele só clareia quando traz sentimento.
Passa-lhe paz e firmamento.
E as pessoas lhe acolhem.
Lhe dão abrigo.
Aliviam-lhe do tormento!
Às vezes você se põe na dúvida.
Será que o meu sol é frio?
Seus raios são dispersos?
Suas realidades são interplanetária?
Aí fico a pensar...
O que a vida faz.
Com as coisas que não traz.
Com os valores desiguais.
Com os pensamentos divagando.
Com as vozes se distanciando.
Nada com você sol!
Tudo com a vida.
Ela está aí pra ser apreciada.
Pra ser venerada e amada.
Mas, às vezes o sol fica indiferente.
Diminui o brilho intenso.
Às vezes incomoda.
Bate e açoita nossos dias.
Aquece nosso pensamento.
E - em vez de alegria.
Só gera tormento!
Sucede que o sol é interplanetário.
Vai do sorriso ao calvário.
Para aqueles que reclamam do óbvio da vida.
Para aqueles que reclamam da pseuda ferida.
Daquele incômodo da vida.
Mas, pobre do sol!
Não é você quem atrapalha.
São os fragmentos e as migalhas.
Que vem dos corpos externos.
Do louvor alheio.
Do tumulto que se acumula.
E fica inimigo do travesseiro.
Oh, sol!
Ensina-me a enxergar seu resplendor!
A me fazer afastar a dor.
A me conduzir pelo amor.
A me abastecer de seu ardor.
A valorizar sua intensidade.
A me aconchegar em seus raios.
A me fazer inteiro na tua exuberância.
Afinal, adulto não é criança.
Felicidade a gente alcança!