Noites frias
O vento soprava na fresta da janela
Onde fazia um assobio
Igual a filmes de terror.
Os galhos da árvore do jardim
Balançavam de um lado para o outro.
A luz da rua tremia bastante,
Pois a brisa forçava o pequeno mastro
Que balançava aos poucos.
O cão descia apressado pela rua
Não balançava a cauda,
Nem mesmo cheira o chão frio.
Queria ir procurar o abrigo.
Um gato preto cruzava o muro alto,
Andando devagar, como uma preguiça.
Os passos eram pequenos
Pois o reboco estava bastante frio.
A temperatura baixava gradativamente,
Fazendo a senhora da casa vizinha
Calçar meias e um quente tênis,
Embrulhando-se no cobertor quente
E tomando leite com café.
A noite permanecia fria
Até mesmo a alta madrugada.
O casal deitado na cama quente
Falava do amor, no passado.