Noites frias

O vento soprava na fresta da janela

Onde fazia um assobio

Igual a filmes de terror.

Os galhos da árvore do jardim

Balançavam de um lado para o outro.

A luz da rua tremia bastante,

Pois a brisa forçava o pequeno mastro

Que balançava aos poucos.

O cão descia apressado pela rua

Não balançava a cauda,

Nem mesmo cheira o chão frio.

Queria ir procurar o abrigo.

Um gato preto cruzava o muro alto,

Andando devagar, como uma preguiça.

Os passos eram pequenos

Pois o reboco estava bastante frio.

A temperatura baixava gradativamente,

Fazendo a senhora da casa vizinha

Calçar meias e um quente tênis,

Embrulhando-se no cobertor quente

E tomando leite com café.

A noite permanecia fria

Até mesmo a alta madrugada.

O casal deitado na cama quente

Falava do amor, no passado.

JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO
Enviado por JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO em 25/05/2020
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