FOLHAS CAINDO AO SABOR DO VENTO, UM ESPETÁCULO DIGNO DE UMA POESIA
A poesia que transcrevo abaixo foi publicada em 23/07/2012, é apenas uma das inúmeras que não me saem do pensamento por apresentarem uma beleza ímpar. Os leitores, na sua grande maioria, só se ligam nas publicações atuais, dificilmente vão lá no início da escrivaninha, por isso que fui em busca dessa.
FOLHAS QUE CAEM
Folhas que caem,
Ao sabor do vento sussurrante
Numa tarde sombria de inverno.
Pessoas transitam. Triste semblante
Da metamorfose do tempo,
Do calor dos seres nesse instante.
Não sei aonde vou.
Talvez o vento me leve sem rumo,
Como leva as folhas no chão,
No imenso espaço da rua, sem perdão.
Não sei, talvez, quem sou.
Serei a fina chuva que cai?
Ou o vento que derruba as folhas?
Quem sabe, nesse vem e vai
Serei eu um transeunte errante,
Molhado da chuva incessante
Numa sombria tarde que se vai
Ou apenas uma folha que cai?