NOITE NA MATA VIRGEM
Dentro do mato verde-preto,
Ouço o ruído dos caiporas,
Mitos lendas, contendas,
Entre lobisomens e boitatás
E no centro do mato verde-preto
Estende-se o lago inoxidável,
Refletindo a cheia lua,
Gorda e formidável,
Que cercada de espíritos,
Banha-se nua.
De repente o mato verde-preto estremece,
Os mitos, somem, fogem,
Cessam os batuques,
A lua desaparece
O mato verde-preto ilumina-se,
Amanhece.
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