A Lua Virginal
Rezei, com crente, em teu sacrário
Deitei-me, em tua cama nupcial
Vociferei e brandei o adágario
P'ra contemplar teu branco virginal
Na tua neve alabastrina
O Sol e a Terra cantam.
A voluptuosidade de Messalina,
A todos os astros, encantam
Sei que está em suas essências
Sutis, plácidas, calmas...
Que a mais pura lactescência
Está na pureza das almas!
Não há em teu solo
As cruentas erisipelas;
Só há, em todos os pólos
Condores a adejar pelas estrelas!
Ao teu lado, circundam astros, naves;
Presas e em perpétuos gritos,
Com as súplicas das aves,
Hão abrir os teus alçapões infinitos!