Trilhas abertas
Verdes libélulas
Por lilases flores
A flutuarem
No meio do caminho,
Dentre borboletas
Brancas e amarelas
Ao som do vento
Uma andorinha canta, anunciando:
“O mar está próximo!”
Agora o cheiro
Do pasto molhado
Que a vaca devora, com mansidão
Da formiga a morder
Meus pés descalços,
Lembra-me:
“No meio do caminho, não há solidão”.
Por uma libélula
Mais rubra que sangue
A pousar em brancas pétalas,
Percebo que nada
É mais importante
Que o imenso azul
Do mar infinito:
Motivo da caminhada.