*O UNIVERSO EM CADA OLHAR

Vejo-te obra prima da natureza
Mãos hábeis de supremo artesão
Que a tela se reveste de nobreza
Eixo pendular em gravitação

Astros em equilíbrio permanente
Moldam o Universo, pinta de azul
Ocupam meu olhar quase indigente
Engano óptico nu de norte a sul

Deitando no pensamento inquieto
Vem o luar luzente em magnitude
Nódoas vagas perecem em absolto
Tomando a vaga ao temporal rude

Quieto não está girando em roleta
Dunas andantes, chuvas afoitadas
No clima iludindo sem gorjeta
Ao mestre de estudos vãs noitadas

Flutuantes sonhos giram sob a mente
De inculta erudição olhar aferidor
Inferior é o humano fraco, coagente
Diante do artista e mãos do Criador

O amor veio aflorar feito indagação
Pudesse eu moldar tal sentimento
Faria do abraço porto exportação
Ilesa a terra ao mal, do vil tormento

Na Antologia, Eco
s Castroalvinos, (09/01/10)

Li seu Poema “O universo em cada olhar” e gostaria de sua autorização para publicá-lo, além de outros dois (os quais ficaria
à sua escolha) em um projeto, cujo objetivo é levar a poesia a alunos de escolas públicas. Anália Maria

 
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 30/04/2020
Reeditado em 23/05/2020
Código do texto: T6933292
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