Brincar com água

A água molhava seus pés

E ele fazia a água transbordar

Brincava de profundidade com ela

Mesmo que muitas vezes lhe faltava o ar

Então saia dali,  com vergonha de não conseguir

E ela pedia novamente para ele tentar submergir

Era um medo conjunto à um desespero de descobrir

O intenso o fazia tenso

E da curiosidade fazia seu terço

Com o seu novo mergulho fazia silêncio

E o voltar a superfície seu recomeço

Eram dias que os sucediam

E os mergulhos iam e viam

Mesmo nos dias frios

O emergir não lhe dava mais calafrios

Se encantou pelo saber que achava

Que queria cada vez mais intensidades inexploradas.

O prazer era brincar com a intensidade de um ser

Ester de Souza
Enviado por Ester de Souza em 22/04/2020
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