Brincar com água
A água molhava seus pés
E ele fazia a água transbordar
Brincava de profundidade com ela
Mesmo que muitas vezes lhe faltava o ar
Então saia dali, com vergonha de não conseguir
E ela pedia novamente para ele tentar submergir
Era um medo conjunto à um desespero de descobrir
O intenso o fazia tenso
E da curiosidade fazia seu terço
Com o seu novo mergulho fazia silêncio
E o voltar a superfície seu recomeço
Eram dias que os sucediam
E os mergulhos iam e viam
Mesmo nos dias frios
O emergir não lhe dava mais calafrios
Se encantou pelo saber que achava
Que queria cada vez mais intensidades inexploradas.
O prazer era brincar com a intensidade de um ser