Cheia de graça
Cheia,
De vitalidade
De luz,
De reflexividade.
A lua,
Me desmonta
direciona,
Desaprioziona.
Me conduz,
Ó força maior,
dona do brilho dos meus olhos,
dos meus processos profundos
e calorosamente reflexivos,
de olhar para o que habita em mim,
de correr contra o tempo maior,
de fazer acontecer,
o que há no agora,
sem deixar para depois.
Olhe para mim,
sou teu filho,
teu amante,
teu pecado,
Vivo Delirantemente a procurar
O encontro contigo,
Minha luz, minha direção.
Lua, cheia de graça,
Me leva até tua morada,
Dai-me outro espaço,
O teu tempo,
Os teus sentidos.
Clamo pois a ti,
Senhora do destino,
Que me dê abrigo,
Para fugir de mim.