Coqueiro
Coqueiro grande e solitário
De braços abertos para o céu.
Quem não te conhece
Pensa que estás triste.
Ao fundo, o azul celeste
Mostra que és majestoso
És um dos reis da natureza.
Os teus cachos de frutos,
Onde pássaros, borboletas,
Até beija-flor frequenta.
Conversas muito com eles.
Contas os causos da época
No nascimento até o hoje.
Alegra-te por ser solitário
No sentido da palavra.
És forte, destemido,
Não deitas por nada.
Nem mesmo o vento forte,
Com rajadas de quilômetros por hora,
Consegue desequilibrar-te.
Um pequeno galho ele derrubará.
Na estação da primavera,
Bancas festas aos insetos,
Aos pássaros.
Mesmo as maritacas deliciam de teus frutos.