A LUZ POENTE
O sol morno iluminou meu amanhecer,
derramando fagulhas nesse alvorecer
pousando seu dourado difundindo laços
de raios intensos, flavos estilhaços.
Abriram-se as flores pelos recantos
com o rouxinol a propagar seu canto,
que baila girando pelos verdes flancos
no suspiro da Terra pelos seus encantos.
Nesse belo dia o clarão se alastra...
o vento soprando forte, pétalas arrasta
retirando das rosas belas na surdina
desfalcando esquivo as tulipas da campina.
A luz poente desperta minha inspiração,
entre ideias ondulantes minha devoção
versejarei curvando-me ao brilho dos astros,
quando a noite singrar em meus sonhos castos.