CLAMOR DA POESIA
CLAMOR DA POESIA
Desce a poesia,
das frondes
do arvoredo,
clamando
pela conservação
da vida vegetal;
chora a floresta
sensível, insegura,
com medo
de ser dizimada
pelo homem
pendente ao mal.
A poesia vegetal
não desce
das frondes a-toa,
sem que sirva
de denúncia
em versos
comoventes;
serve, auxilia,
ama a alma
da floresta
sempre boa,
pela arte
que se expressa
em poemas
edificantes.
A dor da floresta,
a sua decepção,
se lamenta
pela poesia
que lhe consola
a vida vegetal
tombada;
Mas ela,
a floresta,
não desiste;
em sua luta
pacífica,
está atenta;
é grata
aos homens
que a amam
e que clamam:
- por nossas
mãos unidas
ela será
replantada.
O clamor
da poesia
que mora
no arvoredo,
é de nutrir
os poemas
da paz
ambiental,
que mantenha
a floresta
preservada.
A floresta
continua viva
(enraizada
na terra),
nos livros
e nos recitais
poéticos
que abordam
o amor a flora,
sem nenhum
medo
de clamar
pelo seu
bem-estar,
abraçando-a,
zelando-a
com carinho,
de forma
civilizada.
Adilson Fontoura