7 mares...

Na brandura que em ti remansas

Ou na hostil ira que encerras

Nas tuas profundezas tantas

Que ao pisar em teu macio

Engoles aos distraídos

Que te veem, só como um rio!

 

Na tua beleza que encanta

Ou no teu redemoinho em quebras

Nas juras de promessas santas

Pra que contenhas o teu bravio

 A amainar os alaridos

Que correm tênues, em teu fio!

 

Nas melodias audíveis do teu canto

Assoviando na  imensidão da atmosfera

Salpicando de canto-á-canto

Estridente som em “cio”

...me ponho a rezar e chorar comovido

Ouvindo o que inda, ninguém ouviu!

 

Na suave e salgada missão

Que a tua doçura tempera

Em ondas que vêm e que vão

Voltando ao ponto de onde partiu

A golpear e lamentar em ecos repetidos

Os infames, do profano que te feriu!

 

 Na ciana cor do teu manto

Que mais parece uma quimera

És a estrada aguada dos santos

...a acompanhar os teus navios

Alimentando ternos cativos

Pondo fim, em seu fastio!

 

Na resiliência estreita ao horizonte

Nas curvas desenhadas da terra

Seguidas linhas, sinuosos montes

Suor em brisas, cortante frio

Impulsionas os indecisos

Para aquentar, seus calafrios!

 

Nas vidas naufragadas do mundo

Assemelha-te a minha SERRA

Que em teus mistérios mais profundos

Escondes um poder que ninguém viu

A salvaguardar e abrigar nossos perdidos

Que DEUS a ti, também consentiu!

SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 09/02/2020
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