Universos que irradiam encantos


Nas margens de um gigantesco e enigmático rio

Onde refletem as profundas imagens camufladas

Espelham árvores esguias, solitárias, acolhedoras

Santuários para transeuntes, deuses celibatários...




Galhos ramalhosos, que longínquos se entrelaçam

Oceanos de estrelas que cintilam num céu bonito

Nuvens brancas e sinuosas planam alto no infinito

Delicados filhotes saem de ninhos e se abraçam.




Fragrâncias suaves sopram no frescor dos ventos

Seduzem abelhas e borboletas com aromas e cores

Choram nos campos orvalhados as coloridas flores

Coreografam finos galhos e se avultam aos tempos.




Acalentam tristes almas, orando os sábios monges

O pôr do sol transfigura límpidas águas e afagueira

Formosas, absortas no poente, galhadas da figueira,,,

Sombreiam, coroam a paisagem que avisto ao longe.








Texto e imagem: Miriam Carmignan