Raios afogueados
Raios que fulminam por detrás da minha janela são bons presságios
Minha pele se avermelha e arde como labaredas cheias de malícias
Sinto o fulgor acalorado que banha todo meu corpo com tuas carícias
Acolho estas doces chamas dos beijos suaves que tocam meus lábios.
Te balanças com o glamuroso charme e transpassas as tuas energias
Em passadas lentas te aqueces com o calor do sol e adentras na terra
Provocas exaltações formando longínquos túneis sem deixar crateras
Vasculhas como redemoinhos misteriosos e são alucinadas as orgias.
Teus braços se expandem largamente e tentam alcançar o meu rosto
Enquanto te observo no vasto e abrasante alaranjado dos raios de sol.
O inverno ousado transforma a paisagem exuberante no pôr- do- sol
Que acende e inflama o frio do inverno como se fora o mês de agosto.
No horizonte, raios de cores afogueadas cobrem as árvores desnudas
Vislumbro-as potentes com densas folhas multicoloridas e audaciosas!
Onde passantes se hospedam e regozijam-se nesses refúgios suntuosos!
Deitam ao solo coberto de neve persistentes folhas letárgicas e escuras.
Texto e imagem: Miriam Carmignan
Poema selecionado, publicado no livro, “Sol de inverno”, editora, Sui Generis, em Portugal, 2019.
Raios que fulminam por detrás da minha janela são bons presságios
Minha pele se avermelha e arde como labaredas cheias de malícias
Sinto o fulgor acalorado que banha todo meu corpo com tuas carícias
Acolho estas doces chamas dos beijos suaves que tocam meus lábios.
Te balanças com o glamuroso charme e transpassas as tuas energias
Em passadas lentas te aqueces com o calor do sol e adentras na terra
Provocas exaltações formando longínquos túneis sem deixar crateras
Vasculhas como redemoinhos misteriosos e são alucinadas as orgias.
Teus braços se expandem largamente e tentam alcançar o meu rosto
Enquanto te observo no vasto e abrasante alaranjado dos raios de sol.
O inverno ousado transforma a paisagem exuberante no pôr- do- sol
Que acende e inflama o frio do inverno como se fora o mês de agosto.
No horizonte, raios de cores afogueadas cobrem as árvores desnudas
Vislumbro-as potentes com densas folhas multicoloridas e audaciosas!
Onde passantes se hospedam e regozijam-se nesses refúgios suntuosos!
Deitam ao solo coberto de neve persistentes folhas letárgicas e escuras.
Texto e imagem: Miriam Carmignan
Poema selecionado, publicado no livro, “Sol de inverno”, editora, Sui Generis, em Portugal, 2019.