Mãe Morte
A natureza me chamou e eu respondi:
“Pessoa morrem de fome
e você não provém seus frutos
máquina de mortes, não mate mais aqui.”
Ao mesmo tempo matando
ao mesmo tempo gritando
você vem calada tentando nos amar,
respondemos com guerras e destruição
rejeitando seu amor.
Quem um dia viveu hoje é dia de morrer,
seus crimes e pecados
são pagos com seu próprio sangue,
em um sopro, mesmo sopro que lhe deu a vida.
Amados e amadas quero fogo, quero água
quero quê o raio o parta.
Muito sangue em minhas mãos
pouco sangue em minhas veias
sou o pecador, o filho da heresia
que se arrepende de ter lhe matado.
A conclusão é límpida e clara
não mereço ser chamado de seu filho
mas sim de energúmeno
um fruto podre e sem alma.
Vamos caminhando com medo de morrer
o medo de virar adubo ao adoecer,
o medo de valorizar a natureza,
o medo de amar.