Mãe Morte

A natureza me chamou e eu respondi:

“Pessoa morrem de fome

e você não provém seus frutos

máquina de mortes, não mate mais aqui.”

Ao mesmo tempo matando

ao mesmo tempo gritando

você vem calada tentando nos amar,

respondemos com guerras e destruição

rejeitando seu amor.

Quem um dia viveu hoje é dia de morrer,

seus crimes e pecados

são pagos com seu próprio sangue,

em um sopro, mesmo sopro que lhe deu a vida.

Amados e amadas quero fogo, quero água

quero quê o raio o parta.

Muito sangue em minhas mãos

pouco sangue em minhas veias

sou o pecador, o filho da heresia

que se arrepende de ter lhe matado.

A conclusão é límpida e clara

não mereço ser chamado de seu filho

mas sim de energúmeno

um fruto podre e sem alma.

Vamos caminhando com medo de morrer

o medo de virar adubo ao adoecer,

o medo de valorizar a natureza,

o medo de amar.

Gabriel Machado de Oliveira
Enviado por Gabriel Machado de Oliveira em 16/01/2020
Código do texto: T6843125
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