BORBOLETA
Borboleta de tantas cores fortes,
Soberanas, leves ou transparentes.
De asas longas, curtas, mas com a
Leveza da doçura que as bate.
Borboleta que, de sua metamorfose,
Nos comove pela perfeição,
Por ser transformada. Alçar os verdes
Das matas, azul do céu e provar o
Néctar de uma flor, sem nenhum
Pudor ao se expor.
Borboleta que, em sua fragilidade,
Torna-se vazia em sua liberdade.
Sem seu medo, nos toca os dedos
Com formosa sensualidade.
Borboleta! Faz admirá-la cada vez mais
As margens de um rio, em pleno desafio,
À espreita de um predador.
Voe, borboleta, para que destino for!
Mantenha-se radiante em sua
Incomparável beleza. Que jamais
Se tornaria possível a natureza!
Sem as mãos do criador.