"A MORTE DO VELHO CHICO"

No fundo do meu quintal

Passa um rio exuberante

Tamanha é sua beleza pra se ver

Secular é seu viver

Desliza sem pressa suavemente

Mas o homem lhe descobriu

Pouco a pouco vai matando o rio

Seu valor e valentia

Esvai-se seu glamour, sua nobreza

Definha aos poucos sua beleza

Dia apos dia

É o velho chico

Com sua margem em meu quintal

Resiste bravamente ao ataque brutal

Degradação sem igual

E tu que nos mata a sede

O que será se vieres a morrer

Como o pescador poderá sobreviver

Se a degradação lhe abater

A morte do velho chico

Mais parece tragédia programada

Suas margens assoreadas

De sua riqueza, não há quase nada

Meu quintal presencia seu definhar

Escapa-me as lagrimas impossibilitado

Indefeso velho chico parece condenado

Não sei como lhe socorrer me resta chorar

Poeta do Nordeste
Enviado por Poeta do Nordeste em 07/12/2019
Código do texto: T6813399
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