"A MORTE DO VELHO CHICO"
No fundo do meu quintal
Passa um rio exuberante
Tamanha é sua beleza pra se ver
Secular é seu viver
Desliza sem pressa suavemente
Mas o homem lhe descobriu
Pouco a pouco vai matando o rio
Seu valor e valentia
Esvai-se seu glamour, sua nobreza
Definha aos poucos sua beleza
Dia apos dia
É o velho chico
Com sua margem em meu quintal
Resiste bravamente ao ataque brutal
Degradação sem igual
E tu que nos mata a sede
O que será se vieres a morrer
Como o pescador poderá sobreviver
Se a degradação lhe abater
A morte do velho chico
Mais parece tragédia programada
Suas margens assoreadas
De sua riqueza, não há quase nada
Meu quintal presencia seu definhar
Escapa-me as lagrimas impossibilitado
Indefeso velho chico parece condenado
Não sei como lhe socorrer me resta chorar