Tecendo Ninhos


Depois de uma tempestuosa noite quente e abafada

A suave brisa do amanhecer que vem preanunciando

Com o cântico dos pássaros nas flores ainda fechadas

Saltitantes, respingam o orvalho nos filhotes cantando.




Os pequenos aguardam sedentos com seus bicos abertos

O sagrado alimento que se torna uma preciosa refeição.

No balanço suave das verdes árvores se embalam cobertos

Em seus ninhos aconchegantes e tecidos na maior perfeição.




Como os projetistas que elaboram e confeccionam fio a fio

Em seus bicos finos transportam e imaculadamente fazem

Obras primas sem igual e vão cantarolando livres e bravios

E no por do sol eles retornam se aconchegando e comprazem.




Permeiam pelas arestas e infiltram-se como o brilho dos sois

Suprema perfeição! A fauna e a flora! Multicolorindo a vida!

Causando impacto inebriante como uma plantação de girassóis

Que belos! Giram harmonicamente buscando a luz dispendida...








Texto e imagem: Miriam Carmignan