SEGREDOS DO MAR
Quantas confissões já não ouvistes;
Quantas vidas não procuraram
Em teu seio o repouso eterno.
Quantos romances testemunhasse
Nas tuas areias brancas;
Quantas lágrimas cristalizadas
Estão repousando nas tuas profundezas.
De longe aprecio teu formoso
Esplendor ao amanhecer,
No horizonte distante
O sol se curva diante de ti.
Tu és soberano em teu território;
Muitos tentando te conhecer
Foram-se sem conseguir o seu intento.
A tarde lentamente se despede,
Mais um dia se foi,
Em tua magnitude estais calmo.
E quando o reinado negro da noite
Instala-se em seu trono
Tu pareces adormecer
Somente tuas ondas sussurram
Teu mavioso canto
Que embalam os amantes errantes.