O Viajante
Caminhei, caminhei
pela natureza.
Caminhei livre pelo
desconhecido.
Não a melhor sensação
para um homem do
quer a: de nada ter
a perder.
– Porque abandonou tudo?
– Porquê nada eu tinha
para trazer.
Caminhei em busca do
de mim mesmo.
Caminhei e viajei em
busca de algum
tipo de experiência
mística ou de iluminação.
Naveguei sobre o mar
verde, naveguei sobre
o mar branco e deserto.
Naveguei sobre o mar
de concreto quando
tive que navegar.
Andei a noite nos
contornos da Lua, em
noites cruas e solitárias.
O homem devia ao menos
uma vez, em toda sua vida,
ter o prazer de contemplar
a solidão.
De se sentir-se só consigo
mesmo, de se sentir-se livre.
E a natureza era a segunda
coisa que eu mais amava
nessa vida.
E da natureza a minha
alma jamais podia dela
se desprender.