V E R Ã O
O orvalho ainda se aconchegava na folha,
Quando um vento quente o balançou...
Talvez fosse o bafo de um vulcão,
Que há muito tempo ali morou...
Mal sabia o doce orvalho
Que seus dias estavam contados:
Seus momentos de encanto e aura,
Todos tinham se acabado!
Acabados sua frequência e sagacidade
Mas teu sorriso nunca será extinto...
Tu apareces de madrugada, sorridente,
E me fazes feliz; isso não minto!
Tu terminas para um começo:
Começo de verão! Sequência do teu ciclo!
Ciclo de vida ou de morte,
Que me faz de homem um bicho.
Suma beleza do teu organismo,
É teu calor que aquece, esquenta...
E nessa noite de calafrios
Meu peito não gela, enfrenta!
(08.04.2001)