Destino

Que tarde quente!

O vento leva tudo o que tem no chão:

Restos de gravetos, folhas secas...

E eu, uma flor que caí do cajueiro.

O tempo dos frutos chegou!

Não me viram empalidecendo no galho?

Segurei-me o quanto pude,

Como se agarra as mãos

De uma mãe durante a ventania...

Setembro chegou...

Sou uma flor seca levada pelo vento

Perdida...

Nos contornos da vida...

Que destino!

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 13/09/2019
Código do texto: T6744127
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