ELA, A POESIA!

ELA, A POESIA!

Ela está ali, expectante,

como a flor que floresce

no galho do arbusto,

saudando a fresca manhã;

ela espera, quer ser notada

no alvor matutino; e sem pressa,

retém a fragrância

da flor no orvalho,

que flui nas pétalas viçosas.

Ela está ali, exuberante,

como a flor cheirosa;

se deixando também florir,

para que alguém, que ela conhece,

lhe aprecie a beleza vegetal;

olha sorrindo, pra um lado,

pra outro, suspira emotiva;

parece já vê, quem procura,

e doa-se pela mudez do olhar.

Uma parte dela,

espalha-se com o vento,

pelas cercanias; a outra parte,

apraz-se com o morno

calor da manhã,

retido por entre

os galhos do arbusto;

e ela, por inteira, une-se a flor,

para serem contempladas

por quem as observa

com um olhar especial.

Ela está contente,

por está sendo vista,

como a flor, na plena manhã;

quem as vê, apreende delas,

a beleza da singeleza poética;

ela, a poesia,

existe para ser vista

em todas as coisas;

mas só os poetas a veem

e a descrevem,

como um artesão expresso

da palavra poética.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 03/09/2019
Código do texto: T6736652
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