ARENA

Amanhece. Lentamente o sol se põe.

Os ventos fortes além das campinas

Sopram perante as aves franzinas

Que voam onde a neblina se expõe.

As nuvens desabam a água que corre

Sobre o solo infértil de tantas agonias...

O tempo tapeia as horas de alvenarias

Evocando do sabor da cachaça, o porre.

Brisas alucinógenas serpenteiam no ar

O orvalho sinistro das canções que há

Nos campos onde a luz do dia bronzeia...

Sonora é a sensibilidade que tem no eco

A transparência do sensual mais esperto

E, diante da vida, uma espuma de areia!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 20/08/2019
Código do texto: T6724460
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