Ventania
Vem empurrando nuvens de tempestade
Levantando a poeira, plásticos, e pétalas
Atrás, vem outra onda de frio barbaridade
Geada branqueando pastos; grossa, rala
Vai fazendo estragos, quase tudo congela
A aveia no campo, a flor no vaso, no balde
A água, no tanque os peixes, não é balela
E aproveito esse calor, até que o frio salde
Sua conta; e a mão do frio segure a minha
E queira congelar os pés, não meu coração
Ventania passará rápido, logo nova estação
Trará os rebentos ao pássaro que se aninha.