POESIA
QUANDO ESCREVO
Quando escrevo caminho sobre as laudas.
Mergulho nas páginas virgens da imaginação.
Escondo-me isolado dentro das pautas.
Abro as janelas poéticas do meu coração!
Quando escrevo pairo nas nuvens da bonança.
Busco a chuva a adubar o solo da inspiração.
Nas veredas das estrofes vou às andanças.
Versejo com desejo da fecundação!
Quando escrevo minha alma psicografa
Linhas da vida viva ainda, que, não sobreviva
Às maldades dos soltos e vãs pensamentos,
Que, tomam de assalto as ideias cativas!
Quando escrevo embarco no trem da esperança.
Busco em cada estação o passageiro a deliciar
Meus textos a ele elaborados na constância
Dos sonhos de fundo do baú para o amor amar!
Quando escrevo, desço aos vales inóspitos
Da vida incerta, e, trago à realidade o surreal
No pensar as profundezas do irreal, e, agnóstico
No poetar versos no mais profundo visceral
Quanto escrevo minha pena sem pena
Rabisca as dores da tristeza, e, as cores do amor
Numa aquarela colorida de felicidade plena
Ou nos umbrais escuros, e, turvos do torpor!
Quando escrevo registro no livro da vida
Facetas de cenas diversas, e, esparsas...
Às reflexões do pensamento convida
Com linhas traçadas de poesias diversas!
Jose Alfredo