O COQUEIRO E O MAR

O coqueiro e o mar a conversar,

Naquela manhã de sol de verão,

Em que o calor estava de rachar,

E conversavam com empolgação.

COQUEIRO:

Nasci aqui, de frente para você.

Olhando as suas ondas,

Que vão para lá e para cá.

Vendo o dançar delas sem paradas.

Gosto de sentir os raios do sol a queimar;

Da brisa suave a me envolver;

Do barulho do vento a cantar;

Da areia que fica a me bater.

O meu coco, a sede faz cessar.

Tem um gosto saboroso e frescor.

Mas, temem perto de mim, ficar,

Pois, um coco pode os abater, com vigor.

Bonito olhar as pessoas a passear,

Os cães pela areia rolar e correr.

Os casais a se abraçar e beijar.

E as famílias, piquenique fazer.

À noite, ver a lua chegar para arrasar.

As pessoas se juntarem para um luau.

E toda agitação eu poder apreciar.

Quieto, no canto, só em vau.

MAR:

Sou temido por ser inconstante.

Posso estar calmo e só dar relaxamento.

Ou agitado, e causar dano relevante.

Sem pena e nenhum ressentimento.

Minhas águas salgadas, são amadas.

Pois elas são frescas e tem valor medicinal.

Minhas ondas são por muitos apreciadas,

Principalmente, pelos surfistas de forma original.

Mas, a minha vida não se limita a este lugar.

Pois minhas águas se expandem com fervor.

Em mim, muitos se fazem morar.

E de muitos mistérios sou detentor.

Conheço diversas regiões diferentes.

Culturas inúmeras e paisagens fenomenais.

Mas, tenho um inimigo mortal com afligentes.

Que me polui: Os homens, de formas brutais.

Assim, a vida de cada um de nós,

Tem coisas boas e ruins.

O importante é apreciar os prós,

E tentar vencer os ruins alfins.

.........

E tudo continuou, enfim, com a sua beleza,

Seu calor sem igual, que queima,

Mas, deixa todos felizes com certeza,

Pois, a água, o sol e a areia, nada é problema.

Noélia Alves Nobre
Enviado por Noélia Alves Nobre em 10/06/2019
Código do texto: T6669285
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